Político paulista (22/4/1901-12/3/1969). Nasce em Piracicaba, em uma família da oligarquia cafeeira. Forma-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1923. Trabalha no Instituto Osvaldo Cruz até a Revolução Constitucionalista de 1932, quando se engaja no movimento como médico. Entra na política ao eleger-se deputado estadual em 1934.
Após o golpe do Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas, é nomeado interventor no estado de São Paulo, cargo em que permanece até 1941. Em 1945 tenta sair candidato à Assembleia Constituinte pela UDN, partido liberal de oposição ao regime anterior, mas enfrenta resistência de algumas correntes. Chega ao governo paulista em 1947, pelo Partido Social Progressista (PSP), do qual é um dos fundadores e presidente desde 1946. Suas várias gestões como administrador público, governador e prefeito de São Paulo (no período 1957-1961) ficam conhecidas por grandes obras, entre elas o Hospital das Clínicas e as rodovias Anhanguera e Anchieta, e pelo déficit financeiro que deixam nos cofres públicos.
Apesar do rombo, faz sucesso como o político que "rouba mas faz", frase que chega a usar em campanha eleitoral. É governador de São Paulo em 1964, quando os militares derrubam João Goulart. Apóia o golpe, mas passa à oposição com a decretação do Ato Institucional nº 2 (AI-2), que extingue o pluripartidarismo. Em 1966 é cassado e segue para Paris, orientando seus partidários a entrar na Arena. Morre na capital francesa.