As pirâmides egípcias são imponentes edificações construídas inicialmente por volta de 4 mil e 500 anos atrás. Tais edificações eram erguidas como um monumento à memória dos faraós já mortos, servindo elas mesmas como monumentais tumbas. Os corpos dos faraós se encontravam protegidos no interior das pirâmides. Acreditava-se, no Egito antigo, que o resguardo do corpo dos faraós na pirâmides asseguraria a eles a vida eterna. Nas pirâmides, havia a câmara destinada ao sepultamento do faraó, e outra destinada à sua rainha.
Os corpos dos faraós eram embalsamados, pois desejava-se conservar a integridade física dos reis para a eternidade. Ainda os corpos eram encerrados em câmaras especiais, e as pirâmides eram hermeticamente fechadas. Não se sabe ao certo quais os motivos que levavam os egípcios à construção das tumbas dos faraós de acordo com a forma especificamente piramidal. Há explicações que dizem que a forma das pirâmides poderia significar uma ascensão do faraó para junto dos deuses, como se pode depreender do formato das primeiras pirâmides construídas (em degraus, como uma escada para os céus) ou ainda poderia significar a representação dos raios solares que se dirigiam à figura iluminada do monarca. Porém, todas estas hipóteses residem apenas no campo das especulações, pois não há nenhum indício documental dos motivos pelos quais as pirâmides eram construídas dessa forma.
Os faraós eram tomados como deuses na Terra. Eles detinham os poderes de julgamento de infratores, lideravam também os exércitos, além de controlar todas as riquezas de seus domínios. Deste modo, o faraó dispunha de uma grande prestígio, constituindo um verdadeiro impulso na construção das pirâmides. Por exemplo, os trabalhadores que transportavam os grandes blocos de pedra das pirâmides não eram escravos, mas sim agricultores que, ajudando o faraó, pensavam obter sua proteção divina quando este chegasse ao outro mundo.
A primeira pirâmide, tendo sido provavelmente a primeira construção de pedra nessas proporções, foi encomendada pelo faraó Djoser, por volta de 2680 a. C. O responsável pelo projeto da pirâmide foi Imhotep, que se tornou historicamente mais famoso que o próprio faraó. A pirâmide projetada por Imhotep possuía seis níveis, ou degraus. Os faraós que se seguiram a Djoser também construíram pirâmides segundo o padrão do modelo de Imhotep. As pirâmides de faces planas só apareceram após o reinado de Sherafu (2575-2551 a. C. ). Nota-se, a partir da construção destas pirâmides, o grande avanço de engenharia de construção do Egito, muito à frente de seu tempo. A dificuldade de transporte dos enormes blocos de pedra empregados na construção das pirâmides foi superada por técnicas bastante avançadas naquele estágio tecnológico em que o Egito se encontrava.
As maiores pirâmides construídas foram as de Giza , erguidas por volta do ano de 2550 a. C. A maior delas é a pirâmide do faraó Khufu (Quéops), de altura máxima de 147 metros, e comprimento lateral da base de 230 metros. Cerca de 2.300.000 blocos de pedra foram empregados na sua construção. O interior da pirâmide de Khufu (Quéops) possui uma impressionante rede de passagens, galerias e câmaras secretas. As pirâmides são monumentos documentários da grandeza da civilização egípcia antiga, tendo resistido ao tempo e às condições climáticas do deserto. Diz um provérbio árabe que "o tempo ri de tudo: mas as pirâmides riem do tempo".