A principal obra de nomenclatura química da história, pois propõe uma unificação de linguagem entre os químicos, de tal forma que os nomes alqu... Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
Título do artigo:

Nomenclatura dos Compostos Inorgânicos

94

por:

Evolução Histórica

As primeiras iniciativas:

Robert Boyle: The Sceptical Chymist

Definições primitivas de elemento químico.

Guyton de Morveau: Encyclopedie Methodique

A primeira tentativa de uma publicação ampla, que por exposição e debate, servisse de referência para os químicos da época.

A publicação revolucionária

Lavoisier, Berthollet, Forcroy e Guyton de Morveau: Méthode de Nomeclature Chimique

A principal obra de nomenclatura química da história, pois propõe uma unificação de linguagem entre os químicos, de tal forma que os nomes alquímicos, pudessem ter uma raiz mais lógica e compreensível.

Esta obra, foi sem dúvida alguma, a ponta de lança da nomenclatura moderna !! Brilhante, maravilhosa !!

Observe os exemplos:

Nome alquímico (antigo) Nome proposto (atual)
Gás Silvestre
Ácido Vitrolico
Ác. Vitrolico Flogisticado
Ác. Vitríolo Doce
Espírito do Sal
Galena
Litargírio
Gás carbônico
Ác. Sulfúrico
Ác. Sulfuroso
Éter Dietílico
Cloreto de hidrogênio
Sulfureto de Chumbo
Óxido de Chumbo

O livro guia – A Primeira Reforma

Antoine Lavoisier: Traité Élémntaire de Chimie (1789)

Esta obra tornou-se o marco da química moderna. Nela veio se consolidar o uso da nomenclatura sistemática química, a queda da teoria flogística da combustão, e a lei da conservação da massa, pela medida precisa de uma balança.

Com esta publicação, Lavoisier deixa a França, e entre para história !!!

O revolucionário

John Berzelius : Essai Sur La Théorie Dês Proportions Définies Et Sur L`Influence Chimique De L`Electricité (1818)

Foi o gênio, que introduziu no mundo, o uso da simbologia química. Completando a reforma química da nomenclatura Inorgânica.

Abaixo ilustramos alguns dos estranhos símbolos e sinais enigmáticos que ainda eram usados no tempo de Lavoisier.

b_200_133_16777215_01_images_stories_quimica_nomeclatura-inorganica-01.gif

Berzelius argumentou que "os sinais químicos devem ser letras, para maior facilidade de anotação (...) Portanto, tomarei como símbolo químico a letra inicial do nome latino (ou comum) de cada elemento químico (...) ". Quando a primeira letra era comum a outro elemento, ele utilizava ambas as letras iniciais e a primeira seguinte que não era comum. Os novos símbolos são dados abaixo, para alguns elementos comuns:

Elemento Símbolo Derivação
Carbono
Cobre
Cobalto
Cálcio
Cloro
Cromo
Ferro
Potássio
Nitrogênio
Oxigênio
Fósforo
Enxofre
Silício
Estanho
Zinco
C
Cu
Co
Ca
Cl
Cr
Fe
K
N
O
P
S
Si
Sn
Zn
nome comum
Cuprum (latim)
Cobaltum (latim)
Calx (latim)
nome comum
Chrom (grego)
Ferrum (latim)
Kalium (latim)
nome comum
nome comum
nome comum
nome comum
Sílex (latim)
Stannum (latim)
nome comum

Berzelius usou estes símbolos para formar os símbolos dos compostos. O óxido de cobre, por exemplo, torna-se CuO — com o símbolo do metal precedendo o do não metal. Similarmente, o sulfureto de zinco torna-se ZnS. A terminação “eto” geralmente representa um composto consistindo de apenas dois elementos.

Os novos símbolos são também usados para indicar as proporções relativas dos elementos que entram em um composto. A menor parte de um elemento é chamada de “átomo”, e a menor parte de um composto é chamada de “molécula”. Portanto, uma molécula de CuO contém um átomo de cobre e um de oxigênio. A fórmula do dióxido de carbono é CO2, que nos diz que um átomo de carbono combinou-se com dois átomos de oxigênio. O prefixo “di-” em dióxido representa os dois átomos de oxigênio. A fórmula do monóxido de carbono, por outro lado, é CO. O “mono-” do monóxido de carbono indica a presença de apenas um átomo de oxigênio. Os dois gases, CO e CO2, são inteiramente diferentes, embora contenham os mesmos elementos. O primeiro é um veneno mortal, e o último dá à soda e ao champanhe sua agradável efervescência.

Os nomes e os símbolos reformados não foram usados extensivamente até boa parte do século dezenove. Eles nos ajudarão, entretanto, a compreender as grandes descobertas do século dezoito, as quais teremos oportunidade de comentar.

Ainda hoje, no linguajar popular, restam vestígios de nomes que resistiram aos "Primeiros Passos":

Nome popular Nome científico
acetileno etino
anilina fenilamina
azinavre sulfeto de mercúrio
bauxita óxido de alumínio
blenda sulfato de zinco
bórax borato de sódio
cal extinta hidróxido de cálcio
cal viva óxido de cálcio
carbureto carbureto de cálcio
cianureto cianeto de potássio
gesso sulfato de cálcio
glicerina 1,2,3 propanotriol
grisú metano
magnésia óxido de magnésio
zarcão tetróxido de trichumbo
potassa cáustica hidróxido de potássio
propana propano
sal amargo sulfato de sódio
sal de cozinha cloreto de sódio
sal de estanho cloreto estanoso diidratado
soda carbonato de sódio
soda cáustica hidróxido de sódio
ureia carbamida

Atualmente

General

Principles of Chemical Nomenclature: a Guide to IUPAC Recommendations
Leigh, G.J.; Favre, H.A. and Metanomski, W.V.
Blackwell Science, 1998 [ISBN 0-86542-6856]

The Red Book

Nomenclature of Inorganic Chemistry (recommendations 1990)
Leigh, G.J.
Blackwell Science, 1990 [ISBN 0-63202-4941]

Nomenclature of Inorganic Chemistry II. Recommendations 2000
McCleverty, J.A. and Connelly, N.G.
The Royal Society of Chemistry, 2001 [ISBN 0854044876]

Nomenclature of Inorganic Chemistry - IUPAC Recommendations 2005
Connelly, N.G, Damhus, T., Hartshorn, R.M., and Hutton, A.T.
The Royal Society of Chemistry, 2005 [ISBN 0 85404 438 8]

Hungarian edition, prepared by P. Fodor-Csányi
Akadémiai Kiadó, Budapest, 2003

IUPAC
(Sistemático)
Tradicional
(Usual, trivial ou semi-sistemático)
O2 – Dioxigênio Oxigênio
O3 – Cadeias Catena – Trioxigênio Ozônio
HNO2 – Ác. Dioxonitrico Ác. Nitroso
HNO3 - Ác. Trioxonitrico Ác. Nítrico
H3PO4 – Ác. Tetraoxo Fosfórico Ác. Fosfórico
H3BO3 - Ác. Trioxobórico Ác. Bórico
H2CO3 – Ác. Trioxocarbônico Ác. Carbônico
H2SO3 – Ác. Trioxossulfurico Ác. Sulfuroso
H2SO4 – Ác. Tetraoxossulfurico Ác. Sulfuroso
HCLO4 – Ác. Tetraoxoclorico Ác. Perclórico
HCLO3– Ác. Trioxoclorico Ác. Clórico
HCLO2 – Ác. Dioxoclórico Ác. Cloroso
HCLO – Ác. Monoclorico Ác. Hipocloroso
HMnO4 – Ác. Tetraoxomangânico (-1) Ác. Permangânico
H2MnO4 – Ác. Tetraoxomangânico (2-) Ác. Mangânico
Na2SO4 – Tetraoxossulfato de sódio Sulfato de sódio
K3PO4– Tetraoxofosfato de Potássio Fosfato de Potássio
CH4 – Carbano Metano
H2O – Oxidano Água
NH3 – Nitrano ou Azano Amônia ou gás amoníaco

Treino Geral

Apenas observando a tabela abaixo, sem ter que memorizar (decorar) cada elemento, mostre como se faz a fórmula química correta dos compostos inorgânicos

International Union of Pure and Applied Chemistry
Inorganic Chemistry Division

Tabela Períodica

Sais

Sulfato de ferro II deca-hidratado
Hipoiodito de cálcio
Cloreto de Ouro III
Nitrato de potássio
Perclorato da bário
Nitrito duplo de sódio e alumínio
Bissulfito de potássio (monohidrogeno-sulfito de potássio)
Tiossulfato de sódio e potássio
Carbeto de alumínio
Cromato de Lítio

Ácidos

Ác. Meta-Fosfórico
Ác. Orto-Bórico
Ác. Tio-Carbônico
Ác. Nitroso
Ác. Perclórico
Ác. Iodoso
Ác. Tiossulfuroso
Ác. Hipobromoso
Ác. Pirofosforoso

Hidretos e Hidróxidos

Hidreto de Cádmio
Hidreto de Magnésio
Hidreto de carbono
Hidróxido de Platina IV
Hidróxido de sódio
Hidróxido de alumínio
Hidróxido de ouro III

Óxidos

Óxido de Sódio
Óxido de Alumínio
Óxido de Cálcio
Óxido de Cobre II
Óxido de Ferro III
Pentóxido de dinitrogênio
Trióxido de enxofre
Monóxido de carbono