João Maurício Wanderley, o barão de Cotejipe, nasce na cidade de Barra do Rio Grande. Forma-se pela Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, e entra no serviço público. Filia-se ao Partido Conservador da Bahia, elegendo-se deputado provincial em 1814 e deputado-geral no ano seguinte.
Preside a província da Bahia entre 1852 e 1855, tornando-se senador em 1856. Participa de vários gabinetes e dirige o Ministério da Marinha em 1855. Retorna à chefia desse ministério em 1868 e ao mesmo tempo ocupa o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em 1877 assume o Ministério da Fazenda. Entre 1885 e 1888 lidera o conselho de ministros e procura minimizar os efeitos da Questão Militar de 1885, abrandando as punições aos oficiais envolvidos.
Por causa das pressões dos abolicionistas, promove em 1885 a aprovação da Lei dos Sexagenários, como parte do projeto de extinção gradual da escravidão. A lei liberta os escravos com mais de 65 anos de idade.
A proposta que defende em seguida, de indenizar os proprietários de escravos para evitar sua ruína econômica, enfraquece sua posição política, situação agravada pelo apoio da princesa Isabel aos abolicionistas. Seu afastamento do ministério garante a vitória dos defensores da abolição imediata da escravatura. Morre no Rio de Janeiro.