Em 1954 assume as funções como pastor em Montgomery, Alabama, foco dos maiores conflitos raciais do país. Nos estados do sul, a segregação racial era amparada pela lei. Nos ônibus de Montgomery, por exemplo, o motorista tinha de ser branco e só os últimos bancos ficavam disponíveis aos negros.
Em 1955, por causa da prisão de uma negra que se recusara a ceder o lugar para um branco, King lidera um boicote contra a segregação nos ônibus. O movimento dura 381 dias e termina com a decisão da Suprema Corte americana de proibir a discriminação.
King passa então a organizar campanhas pelos direitos civis dos negros, baseadas na filosofia de não-violência do líder indiano Gandhi. Em 1960 consegue liberar o acesso de negros a bibliotecas, parques públicos e lanchonetes. Lidera a Marcha sobre Washington, que reúne 250 mil pessoas em 1963.
Ao fim dela, profere um famoso discurso que começa com a frase "I have a dream" (Eu tenho um sonho) e descreve uma sociedade em que brancos e negros vivem em harmonia. Da marcha resulta a Lei dos Direitos Civis (1964), que garante igualdade de direitos entre brancos e negros. Recebe o Prêmio Nobel da Paz de 1964. É assassinado por um branco.