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Sistema endócrino

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Hormônios

São mensageiros químicos lançados no sangue que agem em células ou tecidos-alvos. Muitos dos hormônios requerem receptores para terem sua presença identificada. São produzidos pelas glândulas endócrinas.

Glândulas endócrinas

As principais são a hipófise, a tiróide, as paratiróides, as supra-renais (adrenais), as gônadas (testículo e ovário) e o pâncreas.

Hipófise (pituitária)

Glândula dividida em três partes, embora apenas duas sejam funcionais: a adenoipófise e a neuroipófise. Localiza-se no interior do crânio, associada ao hipotálamo. É conhecida como a glândula mestra porque atua estimulando outras glândulas endócrinas.

Adenoipófise

Hormônio 

Alvo 

Função 

FSH 

Folículo-estimulante 

Gônadas 

Homem: espermatogênese

Mulher: amadurecimento do folículo 

LH 

Luteinizante 

Gônadas 

Homem: síntese da testosterona

Mulher: ovulação 

LTH 

Prolactina 

Glândulas mamárias 

Produção do leite 

ACTH 

Adrenocorticotrófico 

Córtex das adrenais 

Estimulação da secreção de seus hormônios 

TSH 

Tiróide-estimulante

Tirotrófico 

Tiróide

Estimulação da secreção de seus hormônios 

GH 

Hormônio do crescimento ou somatotrofina 

Cartilagem e fígado

 

Crescimento, ganho de massa muscular, calcificação óssea, aumenta a síntese proteica

A falta de GH pode ocasionar uma forma de nanismo chamada de nanismo hipofisário. É diferente da forma genética chamada de acondroplásica (herança autossômica dominante).

O excesso de GH pode resultar em dois problemas. O gigantismo é uma disfunção precoce da glândula. A pessoa atinge alturas normalmente acima de dois metros. A acromegalia é uma disfunção tardia, em que o portador não cresce em altura mas algumas partes do corpo respondem ao crescimento como mãos, pés, ossos faciais e alguns órgãos internos.

Neuroipófise

Não produz hormônios. Recebem-nos de um centro nervoso que se localiza imediatamente acima dela, o hipotálamo. São dois hormônios. O ADH, chamado de hormônio antidiurético, e a oxicitocina (ocitocina), também chamada de hormônio do parto e da fidelidade. Ajuda na ejeção de leite pela mãe que amamenta.

Tiróide

Glândula situada em torno da laringe, na região do pescoço. É conhecida como a glândula do temperamento. Produz três hormônios.

Hormônio 

Função 

T3 

Acelerador metabólico 

T4 ou tiroxina 

Acelerador metabólico 

Calcitonina 

Manutenção do nível de cálcio

Distúrbios da tiróide

Característica 

Hipotiroidismo 

Hipertiroidismo 

T3 e T4 

Baixos 

Altos 

Metabolismo 

Baixo 

Alto 

Concentração 

Baixa 

Baixa 

Massa corporal 

Aumenta 

Diminui 

Temperatura corporal 

Baixa 

Alta 

Bócio 

Presente 

Presente 

Sonolência 

Muita

Insone  

O bócio endêmico ou carencial é um hipotiroidismo ocasionado pela falta de iodo na dieta. O principal alimento com iodo é o sal de cozinha, enriquecido apropriadamente para esse fim.

Paratiróides

Quatro glândulas pequenas localizadas sobre a tiróide. Produz um único hormônio chamado de paratormônio. Atua sobre os ossos para liberar cálcio para a corrente sanguínea. Tem ação oposta a da calcitonina da tiróide.

Supra-renais ou adrenais

Duas glândulas que se localizam sobre os rins. Apresentam duas partes: a mais externa, é chamada de córtex e a mais interna, de medula.

O córtex produz vários hormônios. A aldosterona, hormônios sexuais e o cortisol. O cortisol é um hormônio de múltiplas ações no corpo sendo um dos responsáveis pelo relógio biológico. Tem ação antiinflamatória. Aumenta o nível de glicose no sangue a partir das reservas energéticas corporais, inclusive as de gordura.

Pâncreas

Glândula mista, com parte endócrina e parte exócrina. A parte endócrina compreende as ilhas pancreáticas. As ilhas são feitas de dois tipos de células. As células alfa (cerca de 30%) produzem um hormônio chamado de glucagon. As células beta (cerca de 70%) produzem um hormônio chamado de insulina. Ambos os hormônios controlam o nível de glicose no sangue de forma, entretanto, oposta.

Hormônio 

Ação 

Insulina 

Diminui a glicose do sangue

Aumenta a permeabilidade das células à glicose 

Glucagon 

Aumenta a glicose no sangue

Estimula a quebra de glicogênio no fígado 

Diabetes melito

Pode ser de dois tipos. A tipo I (juvenil) deve-se à falta de insulina. A tipo II (tardia) deve-se à falta de receptores à insulina. Em ambos os casos, o paciente tende a sofrer de hiperglicemia que pode ser atestada por um exame de sangue ou de urina. O excesso de açúcar no sangue provoca dificuldades de circulação que podem redundar em necroses, derrames e infartos. O tratamento é feito com doses de insulina e/ou com dieta pobre em carboidratos, especialmente aqueles pequenos.

Originalmente publicado em: http://lasneaux.blogspot.com/2007/09/sistema-endcrino.html