Acompanhando as mudanças econômicas e sociais que vem ocorrendo nos últimos anos, verifica-se o crescente aparecimento de espaços educacionais não formais que abrem para o Pedagogo novas oportunidades de atuação. Ou seja, espaços com geração de atividades educativas com objetivos e planejamentos pré-definidos aparecem não só nos espaços escolares formais, mas também em outras instituições sociais: na empresa, hospitais, ONGs, meios de comunicação de massa, sindicatos, orfanatos, prisões, comunidades, etc.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia em finalidades do curso destaca-se que a educação do Pedagogo deve propiciar estudos de campos do conhecimento, tais como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o cultural, para nortear a observação, análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em aprendizagens, bem como, orientar práticas de gestão de processos educativos escolares e não escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e estabelecimentos de ensino.
Em relação a presença do trabalho do Pedagogo em espaços não escolares as Diretrizes formalizam que o perfil do graduado em Pedagogia deverá contemplar consistente formação teórica, diversidade de conhecimentos e de práticas que se articulam ao longo do curso.
Diante de uma realidade desafiante quer seja em espaços escolares ou não escolares o que se afirma é que para desempenhar bem a tarefa complexa de ser educador e de ensinar, é necessário preparo científico (acadêmico e pedagógico) técnico, humano, político–social e ético, suporte do compromisso do intelectual pesquisador, envolvido com as causas democráticas que estimulam a responsabilidade com a formação do homem–cidadão–profissional.
Este deveria ser o paradigma de sustentação da educação para o desenvolvimento de uma sociedade e, no nosso caso, caracterizada principalmente pelos avanços tecnológicos da informática e da comunicação. Sei que o caminho se constrói caminhando, e o alicerce da caminhada está na prática pedagógica com base na ação–reflexão–ação.
Evidencia-se que a Universidade e o meio acadêmico não podem deixar de responder ao chamamento que lhes é imposto, e as responsabilidades de que são depositários como fórum competente que se constitui para o debate, a reflexão, a exposição de ideias, com base em uma educação significativa e postura interdisciplinar à construção coletiva de programas de atendimento à comunidade.
Dessa forma, os educadores estarão envolvidos e comprometidos com o autodesenvolvimento e a qualidade social, principalmente, com o desenvolvimento da qualidade de vida da comunidade onde residem e prestam seus serviços.