Por Machado de Assis
Realismo. A história toda se passa no Rio de Janeiro do Segundo Império e conta a história de Bento e Capitolina, esta sendo descrita por José Dias, agregado da mãe de Bento, como tendo "olhos de cigana"; a infância, onde surge a paixão com Capitu, primeiro estranha e depois mais bem definida, a juventude de Bento no Seminário ao lado de Escobar, seu melhor amigo até a morte deste por afogamento, o casamento de Bentinho e Capitu, após a mãe deste cumprir a promessa de enviar um rapaz ao serviço da Igreja mandando um "enjeitadinho" ao seminário no lugar de Bento e a separação devido ao ciúme de Bentinho por Capitu com Escobar, mesmo depois deste morrer. Ele manda então a esposa e seu filho para a Europa por causa do ciúme, quase matando-os antes envenenados. Seu encontro com o filho, muitos anos mais tarde, é frio e distante, já que a todo o instante ele o compara com Escobar, seu melhor amigo que ele achava o ter traído e ser o pai do então já jovem estudante de Arqueologia, que falece, meses depois numa escavação no estrangeiro, sem jamais ver o pai novamente. Um romance psicológico, sob o ponto de vista de Bentinho, nunca se tem certeza de que Capitolina traiu-o ou não. A favor da tese da traição existe o fato que Bento sempre parece falar a verdade, as semelhanças achadas por Bento entre seu filho e Escobar e o fato que os outros descreviam Capitu como maliciosa quando esta era jovem. Contra a tese existe que Capitu reclamou de seu ciúme e nunca efetivamente fez muita coisa que desse motivo de suspeita, exceto uma vez em que manteve um segredo com Escobar, que era casado. Este humilde escritor acha que Bento não foi traído, mas isso é essencialmente pessoal.
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Por Machado de Assis
Realismo. A história é narrada por Brás Cubas, um defunto autor que após narrar sua morte e funeral começa a contar a sua vida. Conta a infância, as travessuras, o primeiro namoro com Marcela (interesseira e bela, fica pobre e feia), um namoro com Eugênia (que acaba pobre) e mais tarde seu noivado com Virgília. Como Virgília casa com outro eles mais tarde se tornam amantes. O romance era ajudado por Dona Plácida (que também morre pobre) e acaba quando esta vai para o Norte com o marido. Conta então seu reencontro com o amigo Quincas Borba (primeiro na miséria, depois rico, depois miserável e louco), que lhe expõem sua filosofia, o Humanitismo. Cubas passa seguir o Humanitismo. Já deputado, não se reelege ou se torna ministro e funda um jornal de oposição baseado no Humanitismo. Mais velho se volta para a caridade e morre logo após criar um emplasto que curaria a hipocondria e lhe traria fama.
Quincas Borba
Por Machado de Assis
Realismo. Continuação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba conta a história do ex-professor primário Pedro Rubião de Alvarenga, que após cuidar do filósofo Quincas Borba até a morte, recebe dele toda a fortuna sob a condição de tomar conta do cachorro, que também tem o nome de Quincas Borba. Rubião muda-se então para o Rio. No caminho conhece o casal Sofia e Cristiano Palha. Apaixonado por Sofia e ingênuo, Rubião vai sendo explorado e aproveitado por todos os amigos, que lhe tomam dinheiro emprestado, lhe pedem favores, jantam em sua casa mesmo quando ele não está, etc. Vai envolvendo-se sem sucesso com a política e perdendo muito dinheiro com gastos exagerados e empréstimos. Cristiano e Sofia (que não corresponde o amor) vão se aproveitando dele muito mais, subtraindo-lhe a fortuna, saindo do estado original de dívidas para um de opulência no final. A medida que o tempo passa, a decadência material e o desespero de não ter correspondido seu amor leva Rubião a enlouquecer. Enquanto no começo travava "discussões" com Quincas Borba (o cão), depois começa a pensar ser Napoleão III e Sofia sua esposa Eugênia. Passa a nomear todos nobres e generais, ter visões, falar sozinho. Quando ao final é internado num manicômio, sua fortuna não é mais 1% do que antes fora. Ele foge do manicômio e volta para Barbacena, de onde saíra após enriquecer, levando apenas Quincas Borba. Enlouquecido e pobre, é recolhido pela comadre e morre louco, corando-se Napoleão III, repetindo incessantemente nos seus últimos dias a célebre frase "Ao vencedor, as batatas!" Narrado em terceira pessoa, cheio de ironia sofisticada, uma personagem feminina dissimulada, uma dúvida constante (Quincas Borba é o título por causa do cão ou do filósofo?), esta é uma das melhores e mais famosas obras de Machado de Assis.
Esaú e Jacó
Por Machado de Assis
Realismo. Contada como que por um autor que teve acesso ao Memorial do Conselheiro Aires, usa o volume último de seus cadernos. Começa contando a história de Natividade que, grávida de gêmeos em 1871, consulta uma vidente. Esta lhe diz que seus filhos, apesar de estarem brigando em seu ventre, terão grande futuro. Ao sair, de tão feliz, dá uma esmola grande a um mendigo ("para as almas", mas ele guarda o dinheiro). Desde quando nascem os jovens Pedro e Paulo tornam-se contrários. As disputas uterinas tornam-se políticas já que Paulo é republicano e Pedro monarquista, Pedro tornar-se-á advogado, Paulo médico. Eles estudam separados (Paulo em São Paulo, Pedro no Rio) e conhecem em 1888 a filha de um casal de políticos, Flora, pela qual se apaixonam. E ela corresponde o amor aos dois. Assim os irmãos desunidos unem-se e competem pelo amor de Flora. O Conselheiro Aires, amigo das duas famílias, trabalha junto com os pais dela para que ela escolha um ou nenhum, mas escolha. Assim transcorre o tempo com os irmãos discutindo a política desde a Abolição, passando pela Proclamação da República e a queda de Deodoro (os pais de Pedro e Paulo e os de Flora são políticos e nunca parecem saber quem estará no poder). A distância por vezes separa o trio, mas eles permanecem (des)unidos. Flora é cortejada por outras, incluindo Nóbrega, o mendigo de 1871 enriquecido mais tarde, mas ela rejeita a todos. Quando em 1892, durante o estado de sítio declarado por Floriano Peixoto, Flora morre, os irmãos se unem na dor e reconciliam-se. Um mês depois renasce a inimizade. Mais um ano e tornam-se deputados (em partidos opostos, logicamente). Quando a mãe morre, pede que ambos tornem-se amigos e eles juram que o farão. No ano seguinte são vistos sempre juntos na Câmara. No seguinte àquele, desentendem-se novamente. Uma maravilhosa mostra da capacidade de Machado de Assis, esta obra foge do maniqueísmo do esquema gêmeo bom - gêmeo mau, mantendo sempre o ponto de vista que, apesar das divergências ou por causa delas, Pedro e Paulo são dois lados da mesma moeda. É eficiente também em mostrar os anos de transição do Império para a República.
Memorial de Aires
Por Machado de Assis
Realismo. Escrito sob a forma do diário do aposentado Conselheiro Aires, diplomata aposentado que deixou a mulher morta em Bruxelas. Tudo se passa de 9 de Janeiro de 1888, aniversário da volta do diplomata de Bruxelas ao Brasil, até o fim de agosto do ano seguinte. Apesar de ter sido escrita por Aires e serem suas impressões que lemos (ele declara que queimará o diário quando o acabar, se não morrer antes), a história é sobre Fidélia e Tristão. Fidélia é uma viúva moça que ainda dedica ao marido, mesmo que só ao seu túmulo, dedicação. Aires aposta com Rita, sua irmã, que ela recasará um dia; talvez até com ele. Rita é "filha de empréstimo" do casal Aguiar e ainda muito triste pelo falecimento do marido e a situação familiar geral, á que o casamento foi como um Romeu e Julieta que não uniu as famílias, mas desuniu-as. Tristão é afilhado dos Aguiares e um tanto volúvel: indo a Lisboa para se tornar advogado, torna-se médico e político. Volta então ao Brasil para visitar seus padrinhos e "pais de empréstimo". Enquanto Aires vai narrando o cotidiano daquela situação, como que fora dela como estava Brás Cubas em suas Memórias Póstumas, morre o pai de Rita e ela finalmente se reconcilia com seu passado. Ela vai à fazenda paterna fazer os arranjos e volta mais tarde. A medida em que o tempo passa Tristão e Rita vão aproximando-se, até que ele se apaixona por ela, fato que confessa a Aires, que também a admirava, mesmo que nunca a dissesse e não fosse de modo apaixonado, como que apenas pela estética de o fazer. Quase chegando o tempo de voltar a Lisboa pelos fins de 1888, Tristão vai adiando a partida até que ele e Fidélia decidem se casar. Eles esperam a aprovação dos pais dele e depois até maio para o casamento em si. O casamento procede bem e deixa o casal Aguiar felicíssimo pela união dos "filhos" e pela permanência de Tristão que estava para partir. Alguns meses depois do casamento Fidélia e Tristão decidem viajar a Europa e tentam convencer o casal Aguiar a ir também, mas eles se negam. Eles recomendam ao Conselheiro que cuide do casal e, ao chegar a Lisboa, Tristão encontra-se eleito deputado (ele tinha se naturalizado português) e eles ficam, como era seu plano original; por isso aliás tentaram convencer o velho casal a acompanhá-los. O livro acaba com uma anotação sem data após 30/08/1889, com o casal Aguiar desolado pela partida dos "filhos". Contado todo sob a forma de um diário, com anotações com datas ao invés de capítulos, este livro foi o último escrito por Machado de Assis, e o foi para compensar a perda da esposa tem fortes tons autobiográficos. Entre os fatos importantes estão o fato de que Aires está se retirando de cena, assim como o autor que faleceu no ano da publicação do livro, encontra-se saudoso, é irônico, tem influência inglesa, perdeu a esposa, etc. Remete também ao primeiro romance maduro do autor, Memórias Póstumas de Brás Cubas, já que Aires encontra-se fora de cena (mas não tanto quanto Cubas) e livre para falar sem estar preso a convenções.
O Cortiço
Por Aluísio de Azevedo
Naturalismo. O Cortiço conta principalmente duas histórias: a de João Romão e Miranda, dois comerciantes, o primeiro o avarento dono do cortiço, que vive com uma escrava ao qual ele mente liberdade. Com o tempo sua inveja de Miranda, menos rico mas mais fino, com um casamento de fachada, leva-o a querer se casar com sua filha (e tornar-se Barão no futuro, tal qual Miranda se torna no meio da história). Isto faz com que ele se refine e mais tarde tente devolver Bertoleza, a escrava, a seu antigo dono (ela se mata antes de perder a liberdade). A outra história é a de Jerônimo e Rita Baiana, o primeiro um trabalhador português que é seduzido pela Baiana e vai se abrasileirando. Acaba por abandonar a mulher, parar de pagar a escola da filha e matar o ex-amante de Rita Baiana. No pano de fundo existem várias histórias secundárias, notavelmente as de Pombinha, Leocádia e Machona, assim como a do próprio cortiço, que parece adquirir vida própria como personagem.
Casa de Pensão
Por Aluísio de Azevedo
Naturalismo. A história conta sobre Amâncio, um jovem preguiçoso e vil que chega ao Rio de Janeiro para "estudar", quando na verdade quer apenas festa. Filho de pai rígido e mãe bondosa, teve como primeiro professor um homem cruel. Sem muita intelectualidade, pena no estudo da Medicina. Primeiro mora na casa de Campos, cujo a mulher Hortênsia brinca de sedução. Depois muda-se para a casa de pensão João Coqueiro, onde este e sua mulher tramam um plano para que ele case com Amélia, sua irmã. Este plano sofre oposição de Lúcia, que quer o rapaz e sua riqueza para si. Lúcia é expulsa e Amélia e Amâncio tornam-se amantes. Os abusos de Coqueiro e seu séquito, como a exigência de uma casa nova levam Amâncio a aborrecimentos e, meses depois da morte do pai com quem principiava a se reconciliar, tenta viajar de volta para o Maranhão. Impedido pela lei por uma acusação de ter estuprado Amélia é impedido de viajar, mas é inocentado. Campos, que ficara sempre a seu lado, volta-se contra ele após descobrir a sua paixão por Hortênsia. Após livre Amâncio vai a uma festa no Hotel Paris, onde João Coqueiro lhe mata pela manhã durante o sono. Depois do novo escândalo sua mãe chega sem saber de sua morte e o descobre vendo a exploração comercial feita do caso. Baseada em uma história real que escandalizou o Brasil no século XIX.
O Mulato
Por Aluísio de Azevedo
Naturalismo. A história é sobre o amor de Ana Rosa e seu primo Raimundo, impedido belas barreiras do preconceito racial contra Raimundo, que é mulato. Raimundo é rejeitado, ignorado e maltratado pela sociedade do Maranhão (onde a história se passa), mas ainda assim seu amor e o de Ana Rosa florescem. Após certo tempo Raimundo propõe a Manoel, seu tio e pai de Ana, que eles se casassem, mas este recusa apenas baseado no fato de que Raimundo é um mulato. Ante a esse fato Raimundo recua transtornado enquanto Ana, mesma com hesitações, tenta recuperá-lo, mesmo sem entender o motivo da separação no começo. Ele recobra os ânimos e eles decidem fugir, mas são pegos. Após uma discussão sobre o que fazer do futuro de Ana Rosa (um empregado de seu pai era seu noivo a contragosto dela), ela revela estar grávida de Raimundo.
Isso escandaliza a avó (extremamente preconceituosa e uma das maiores barreiras para este amor), estranha ao noivo e deixa o pai descrente dos fatos. O único que não se surpreende com a revelação é o cônego Diogo, confidente de Ana Rosa, amante da esposa do pai de Raimundo quando o casal era vivo, e executor do pai de Raimundo. Diogo é preconceituoso e manipulador; odeia Raimundo por este ser mulato e maçom. Quando era amante de Quitéria, esposa de José, pai de Raimundo, obrigou José a não revelar nada quando este esganou a esposa (preconceituosa, ela torturava escravos e negros forros como a mãe de Raimundo, Domingas) ao achá-la em adultério. Padrinho de Ana Rosa, ele exerce seu poder de influência muito habilidosamente e protege Dias, o noivo de Ana. Quando após o fatídico encontro eles se retiram, Diogo convence Dias a matar Raimundo e dá-lhe a arma do crime. Dias mata Raimundo relutantemente e o crime passa por todos na impressão geral de ter sido suicídio. Quando Ana descobre tem um aborto. Seis anos depois mostra-se o destino de várias personagens secundárias e o de Ana e sua família. A avó Maria Bárbara e o pai Manoel (que tinha o apelido de Pescada) morreram e ela e Dias aparecem casados e bem, com três filhos; ela comporta-se amorosamente com o marido, executor de seu antigo amado, que antes detestava. Ainda cheio de vícios românticos (maniqueísmo, herói e heroína perfeitos, vilões cruéis, supervalorização do amor, o mistério e o suspense comuns aos românticos), esta obra prevalece como naturalista pois a visão de mundo é naturalista, existe um forte Determinismo e o herói, assim como o autor, é positivista.
Luzia-Homem
Por Domingos Olímpio
Naturalismo. Luzia-Homem é um exemplo do Naturalismo regionalista. Passado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, vai contando a história da retirante Luzia, mulher arredia, de grande força física (o apelido Luzia-Homem provém desta força que lhe permitia trabalhar melhor que homens fortes). Luzia trabalha na construção de uma prisão e é desejada pelo soldado Capriúna. Mas Luzia não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda mútua com Alexandre. Após Alexandre propor-lhe casamento (existe por toda a história a relutância de Luzia de admitir que gosta de Alexandre), este é preso por roubar o armazém do qual era guarda. Luzia passa visitar-lhe na prisão e sua amiga, a alegre Teresinha, para cuidar de sua mãe doente. Após um certo tempo, Luzia para de lhe visitar na prisão. Ao fim Teresinha descobre que Capriúna era o verdadeiro ladrão e uma das assistentes de Luzia (ela havia sido dispensada e depois voltara ao trabalho, mas como costureira) lhe falar que a testemunha contra Alexandre mentia, o culpado é preso. A família de Teresinha aparece (ela havia fugido de casa com um amante que morreu meses depois) e ela, humilhada fica subserviente a eles, especialmente ao pai que a rejeita. Luzia descobre isto e, depois de um interlúdio, convence-a a viajar com ela, migrando para o litoral. No caminho Capriúna se liberta e vai ataca Teresinha, a culpada de sua prisão. Encontrando Luzia, mata-a e acaba caindo de um desfiladeiro. Marcado pela fala característica dos personagens, Luzia-Homem mantém duas características clássicas do Naturalismo por toda obra: o cientificismo na linguagem do narrador e o determinismo (teoria de que o homem é definido pelo meio).
Bom-Crioulo
Por Adolfo Caminha
Bom-Crioulo é o apelido de Amaro, escravo fugido que se torna marinheiro. Ele desenvolve um relacionamento homossexual com Aleixo, jovem grumete. Eles arranjam um sótão para seus encontros na casa de Carolina, amiga de Amaro. Quando este é transferido, passam a se desencontrar e Carolina seduz Aleixo. Amaro, que estava hospitalizado, doente e fraco quando antes era forte, descobre que ele havia se tornado amante de Carolina e mata-o. Nem homófobo nem homófilo, este romance apresenta a imparcialidade naturalista típica. O relacionamento dos dois é retratado como outro qualquer e Aleixo é sempre descrito como "feminino", tornando-se "masculino" só após algum tempo como amante de Carolina.
O Ateneu
Por Raul Pompéia
Naturalismo/Realismo, com tendências Expressionistas e Impressionistas. Narrado em primeira pessoa, "O Ateneu" é narrado pelo personagem principal, Sérgio, já adulto. Não linearmente, ele mostra os dois anos em que viveu na escola, microcosmo que servia de metáfora para a Monarquia e a sociedade em geral, com os fortes dominando os fracos e um rei comandando, o diretor Aristarco neste caso. Narrados são episódios de suas amizades, seus colegas interferindo com ele, a tensão homossexual entre os alunos do internato, a falsidade de uns, a deformação de caráter de outros e a única pessoa que lhes ajudava no internato, Dona Ema, mulher de Aristarco. Quando a escola é incendiada no final da história por um aluno durante as férias, Ema foge. Sérgio presencia a cena pois estava convalescendo ainda na escola. Segundo críticos posteriores este final da história seria simbólico e representaria a vingança do autor de seu passado, já que a história tem caráter semi-autobiográfico.