Em Utopia, além de tratar de temas como o divórcio, a eutanásia, os direitos da mulher e da educação pública, idealiza uma sociedade governada por uma assembléia eleita pelos seus membros. Continua a carreira política e torna-se presidente da Câmara dos Comuns em 1523 e chanceler, o mais alto cargo do reino, em 1529.
Nesse posto, entra em conflito com Henrique VIII quando este rompe com o papa e funda a Igreja Anglicana, para divorciar-se de Catarina de Aragão e casar-se com Ana Bolena. Fiel à Igreja de Roma, demite-se da chancelaria em 1532 e recusa-se a assistir à coroação de Ana Bolena - uma declarada manifestação de agravo ao monarca.
É preso na Torre de Londres, processado e condenado à decapitação. Enfrenta a execução com serenidade. Em 1886 é beatificado pelo papa Leão XIII e, em 1935, canonizado por Pio XI. Como precursor do socialismo, ganha uma estátua em lembrança a sua memória na cidade de Moscou, quatro séculos depois, tornando-se o único santo da Igreja Católica homenageado por um governo comunista.