Da placenta saem membranas que formam a bolsa das águas ou saco amniótico, cuja função é auxiliar na proteção do bebê, que fica cercado de ág... Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
Título do artigo:

Placenta, uma fonte de vida

94

por:

A placenta é um dos personagens principais no processo de desenvolvimento do bebê no útero materno. Protege, alimenta e produz hormônios vitais para a gravidez. Mas a placenta é também responsável por alguns riscos que o neném corre antes de nascer: certos vírus e bactérias conseguem atravessá-la, ameaçando o desenvolvimento saudável do feto. Além disso, pode estar mal localizada ou soltar-se antes do tempo. Esses riscos, porém, podem diminuir bastante se a gravidez for acompanhada pelo médico, através de consultas periódicas e exames específicos. Tudo feito com muito cuidado e carinho.

A placenta nasce junto com o embrião, depois que o ovo fecundado se implanta na parede uterina. Porém, só no quarto mês de gestação estará completamente desenvolvida. Mede de 20 a 22 centímetros de diâmetro e tem dois a três centímetros de espessura. 

Composta de células que se fixam como uma esponja na parede do útero, além de atuar como uma barreira de proteção desenvolve várias outras funções importantes. A principal é fornecer nutrição e oxigênio ao feto. No final da gestação, pesa cerca de 500 a 600 gramas - aproximadamente um quinto do peso do bebê.

Ilustração: PlacentaA placenta apresenta ainda duas faces: uma voltada para o feto e outra para a mãe. Da primeira sai o cordão umbilical, que vai uni-la ao bebê. A outra face é grudada ao útero. Nela há uma espécie de concentração de vasos sanguíneos. Uns pertencem à mãe, outros ao bebê. Eles não se misturam. 

Uma tênue mucosa os separa, não permitindo que o sangue da mulher e o de seu filho se unam. A placenta, portanto, reúne o sangue de suas vidas, separadas, promovendo trocas vitais para ambos.

Protege e alimenta o feto

Através dela, a mãe envia ao pequeno, oxigênio, glicose, proteínas, gorduras, vitaminas, sais minerais. O bebê elimina gás carbônico, ácido lático (resultado da queima de energia) e outros. Só que a placenta é incapaz de filtrar determinadas impurezas e impedir que alguns vírus ou bactérias a atravessem. Elementos tóxicos como o fumo, álcool, as drogas, sedativos e antibióticos ultrapassam essa barreira de proteção. O álcool e a nicotina, por exemplo, de acordo com as quantidades ingeridas, dificultam a nutrição do feto. Isso pode fazer, entre outras coisas, com que ele nasça com baixo peso. Doenças viróticas - rubéola, varíola, hepatite ou originadas por bactérias - sífilis, toxoplasmose também atravessam a placenta e podem causar lesões.

Além de proteger e alimentar o feto, a placenta cumpre outra importante missão. Produz hormônios que são vitais para a gravidez, como uma grande glândula. Um deles é a 
gonadotrofina coriônica (HCG) que, se presente na urina e no sangue da mulher, indica que ela esta esperando um bebê. A placenta também passa a produzir progesterona. Em quantidades adequadas, tem o poder de proteger a gravidez, que não continuaria sem ela.

Alterações de natureza psíquica e principalmente no aparelho digestivo da mulher, nesta fase, são decorrentes de modificações nas concentrações de sais no sangue, principalmente o sódio e o potássio. Essas modificações são ocasionadas pela presença da 'gonadotrofina coriônica'. Portanto, a extrema sensibilidade, o choro fácil, as emoções à flor da pele não são frescuras de grávida, como muita gente imagina. Mas acontecem porque os centros nervosos afetivos são atingidos por: concentrações diferentes de potássio e sódio. Já os famosos enjoos ocorrem porque os centros gustativos e os centros olfativos também recebem influências dessas concentrações modificadas de sais. 

Da mesma forma a progesterona costuma alterar as concentrações de sais no sangue da gestante. Gravidez não é doença, porém a mulher grávida sofre modificações bioquímicas que determinam essas e outras alterações. Em 99% dos casos, a placenta se localiza na parte superior do útero, de onde se descola logo depois do nascimento. Existem, no entanto, casos em que ela se desenvolve e fixa na parede inferior do útero, chegando, às vezes, a vedar o orifício por onde nasce o bebê. 

A placenta prévia, ou baixa, acontece uma vez em cada 300 gestações. Chegou-se à conclusão que esse tipo de complicação costuma surgir com maior frequência em mulheres que já tiveram muitos filhos e também em gestações de gêmeos. Pode ocorrer também naquelas que tenham algum distúrbio uterino não tratado, que sofreram um aborto seguido de infecção ou cirurgias uterinas anteriores.

O descolamento de placenta costuma ser confundido com a placenta prévia. Porém é muito mais grave. Constitui-se na soltura do órgão antes: do nascimento do bebê, ocasionando grande hemorragia. Aliás, esse é o mesmo sintoma de presença da placenta prévia. Logo, se a gestante observar, principalmente no final da gravidez, que está tendo um sangramento, deve se comunicar com o médico. Quanto mais imediato for o atendimento, maiores serão as possibilidades de sucesso.

O descolamento prematuro da placenta pode ser causado por traumatismos violentos sobre o abdômen - em consequência de queda ou pancada forte. Outra causa é a toxemia gravídica. Caracteriza-se por pressão alta (hipertensão arterial), inchação nas pernas ou em todo o corpo (edema) e perda de proteína pela urina, manifestando-se a partir do 5ºmês de gestação.

Por isso é tão importante ter um acompanhamento obstétrico rigoroso, com exames específicos realizados periodicamente. Fundamental também é não ganhar peso em excesso e se alimentar de forma saudável, evitando o sal, sem, contudo, eliminá-lo totalmente. A não ser que tal tempero seja retirado a conselho médico. Para saber qual das complicações está acontecendo, já que tanto a placenta prévia como o descolamento causam sangramentos, o obstetra dispõe de dois exames: o físico, através da apalpação do abdômen e a ultrasonografia, que permite uma confirmação do diagnóstico, ao transmitir numa pequena tela a imagem da placenta, captada por vibrações  sonoras. Ela é importante porque descobre o que vai acontecer antes do surgimento do sintoma.

Da placenta saem membranas que formam a bolsa das águas ou saco amniótico, cuja função é auxiliar na proteção do bebê, que fica cercado de água, como um peixe. Além de defender o pequenino contra choques e batidas acidentais, o líquido amniótico contém glicose, sais minerais etc. A bolsa das águas é uma aliada na gestação.