Volta a Portugal e ingressa no curso superior de letras de Lisboa, que não chega a concluir. Trabalha como tradutor e correspondente estrangeiro de casas comerciais. Em 1915 participa da revista Orfeu, que lança o futurismo em Portugal. Cria inúmeras teorias estéticas e usa vários heterônimos para assinar suas obras.
Os mais conhecidos são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, cada um com estilo e visão de mundo diferentes. Caeiro é naturalista e cético; Reis, um classicista, enquanto o estilo de Álvaro de Campos é associado ao do poeta norte-americano Walt Whitman. Entre seus poemas se destacam Tabacaria e Autopsicografia.
É visto como um anti-romântico por opor-se à tradição lírica e sentimental da poesia portuguesa. Publica um único livro em vida, Mensagem (1934). Entre seus principais textos em prosa estãoA Nova Poesia Portuguesa, Páginas de Doutrina Estética e Textos Filosóficos, todos lançados postumamente. Antes de sua morte, ocorrida em Lisboa, só tem o talento reconhecido pelos círculos da boêmia literária da capital portuguesa.